CONFIRA A PINTURA DO PROJETO CURA NA ENTORNO DA PRAÇA RAUL SOARES

Fonte: Instagram CURA/Reprodução

Com a pintura finalizada na avenida Amazonas pelo CURA 2021, no entorno da Praça Raul Soares local emblemático de diversos caminhos,  muitas histórias de afetos, culturas e experiências. A praça foi inaugurada em 1936, tem estilo francês e está situada na confluência de quatro importantes avenidas: Olegário Maciel, Augusto de Lima, Bias Fortes e Amazonas.

A praça que tem em seu chão feito à mão com a técnica de calçada portuguesa os grafismos marajoara, grupos indígenas nômades e considerados extintos, mas cuja cultura segue viva entre seus descendentes.

No centro  da praça uma fonte com os contornos da Chakana (cruz Inca, povo originário do Peru, país onde é a foz do rio Amazonas), que representa os três mundos o inferior (dos mortos), o mundo em que vivemos (dos vivos), e o superior (dos espíritos). Ao ler os signos deste novo território de arte, compreendemos ainda mais o que guiou a curadoria desta edição 2021.

Por isso, em sua 6ª edição, na praça Raul Soares (este novo ambiente de imersão em arte pública desta edição), as novas empenas no entorno da praça faz com que o público aprecie as pinturas de uma galeria a céu aberto. E para isso BH recebeu pela primeira vez Sadith Silvano e Ronin Koshi, artistas Shipibo-Conibo, povo originário do Peru, etnia que vive às margens do rio Ucayali, nome que o rio Amazonas recebe na floresta peruana. Na capital mineira, eles fazeram sua pintura-ritual no chão da Avenida Amazonas, exatamente na faixa que circula a Raulzona (sim, no asfalto!) e ficou maravilhosa a obra, além de possuir um forte simbolismo.


Os Shipibo são artistas ancestrais, pintam com suas raízes e rituais que são passados de geração em geração, articulando o conhecimento da biodiversidade, das artes, das práticas e plantas com poder de cura. Desenvolveram um sistema de desenhos chamado Kené, declarado Patrimônio Cultural de seu país onde o traçado segue padrões geométricos. Os artistas Ronin e Sadith conectaram as águas do Amazonas com a praça através da pintura que simboliza a grande cobra, a Anaconda, a mãe da água e do rio Amazonas.


A obra de arte convida o público a olhar para o chão da praça e perceber de outra forma os padrões marajoaras do piso, sentir a energia dos povos originários e também a pintura do entorno finalizada, que além de colorir e embelezar a capital, estará fechada aos domingos para que os moradores e turistas possam andar sobre a obra fato que implica sensações únicas.

Além de caminhar o público pode andar de bicicleta, patins e skate , levar os pets, o que faz com que a comunidade possa interagir totalmente com a obra. Confira, e mergulhe nas sensações da arte urbana.

Fonte: Instagram CURA/Reprodução

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